O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em evento promovido pelos jornais O Globo e Valor nesta segunda-feira (13) que o Brasil tem uma “gordura” para reduzir a taxa básica de juros que o resto do mundo não tem. De acordo com ele, é preciso adotar um limite prudencial para que a elevação dos juros não desorganize a economia.
“Há pouco espaço para aumento da taxa de juros no mundo. E há uma gordura no Brasil, que permite a nós, tomando as providências que estão sendo tomadas [pela equipe econômica] e reconhecidas pelo Banco Central em atas… Penso que temos um espaço [para baixar juros] que o mundo não tem”, afirmou Haddad.
O ministro também destacou como a reforma tributária poderá trazer um “choque de eficiência” inestimável para a economia brasileira, caso seja aprovada pelo Congresso. Ele afirmou que a reforma simplificará a tributação no país e melhorará a vida dos investidores, trabalhadores e do poder público.
“O choque de eficiência que ela vai dar na economia brasileira não é possível estimar neste momento de tão grande que será. Fala-se em algo entre 10% e 20% de choque do PIB, mas penso que vamos facilitar muito a vida dos investidores, dos trabalhadores e do poder público com essa perspectiva. E ninguém pode usar como pretexto que vai perder ou vai ganhar, porque todos os prazos estão sendo calibrados para que a gente tenha uma aterrissagem suave, mas que impacte diretamente o contribuinte. O contribuinte tem que ter clareza da regra do jogo”, disse.
Sobre a tributação sobre a cesta básica, Haddad afirmou que ainda não há uma decisão final sobre o assunto e que ele será discutido no âmbito da reforma tributária.
Por fim, o ministro descartou a possibilidade de inclusão de um imposto sobre o consumo, como a CPMF. “Não está no nosso radar. Falo no nome da Fazenda, Planejamento, do MDIC, não está na mesa de ninguém essa possibilidade. […] Não está no nosso horizonte, nem CPMF, nem alterar o Simples”, afirmou.
Aumento de juros deve ter um limite
De acordo com Haddad, é fundamental que se tenha um limite para aumento de juros para evitar que a economia seja desorganizada. Além disso, a reforma tributária é vista como um importante passo para a economia brasileira e trará grandes benefícios. Por fim, o ministro descartou a possibilidade de um imposto sobre o consumo, como a CPMF.
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